Velhas necessidades, novas possibilidades.
- Michel Martins
- 21 de jun. de 2024
- 2 min de leitura
A sociedade, muito antes de ser desenvolvida como entendemos atualmente, já percebeu a necessidade de haver elementos com algum valor que pudessem ser usados como troca, pagamento ou reserva. Do sal, passando pelos animais, especiarias, metais, papel, chegamos ao digital. Esse é o momento em que as possibilidades se tornam infinitamente maiores e que o jogo muda totalmente e rapidamente.
Nos dois posts anteriores neste blog, falei sobre a evolução do dinheiro e, depois, sobre a estrutura que está revolucionando esse meio, a blockchain. Agora vamos entender mais sobre essa jornada.
Podemos dizer que o internet banking iniciou a digitalização das finanças em meados dos anos 90. O que era físico, pôde ser visto e utilizado virtualmente. Mas era só o começo. A evolução tecnológica e a busca por soluções fez surgir, em 2008, o Bitcoin, com base em uma blockchain capaz de viabilizar outras inúmeras ferramentas inovadoras. Não são apenas criptomoedas, ou seja, representações de valor na forma virtual. Mas sim protocolos, estruturas e meios capazes de mudar a maneira com que a humanidade realiza transações financeiras, registros, dados e acordos.
Um exemplo simples e atual é a compra/venda de um veículo. Imagine que os documentos sejam registrados em uma blockchain. Com a tecnologia de Smart Contracts, a transferência de propriedade se dá automaticamente e instantaneamente assim que realizado o pagamento. Sem burocracia, sem papéis, sem intermediários. E assim pode ser replicado para qualquer transação de um bem físico.
Outra aplicação das novas tecnologias é no pagamento transfronteiriço (cross border). Na modalidade P2P (Peer-to-peer) é possível realizar transferências de valores em grandes volumes de forma direta e imediata, novamente sem intermediários e com custo extremamente baixo. Como exemplo, imagine uma negociação entre uma empresa no Brasil com um fornecedor na China. Após o acordo fechado, o valor e as condições de pagamento definidas, a empresa brasileira simplesmente realiza a troca de posição dos ativos de sua carteira própria de ativos (wallet) para a carteira do fornecedor. Ou então, novamente utilizando Smart Contracts, o pagamento é realizado em etapas de acordo com a entrega do produto ou parcelas definidas entre as partes.
Pense em um mundo onde todos os documentos importantes não sejam perdidos, rasurados, fraudados e que podem ser facilmente registrados, acessados e apresentados por seu(s) titular(es). Isso é possível usando a tokenização, que nada mais é do que registrar esse documento em uma blockchain viável para este fim.
Sabe o que é melhor? Esses exemplos acima não são perspectivas futuras, já são aplicados atualmente em diversos setores e partes do mundo. Claro que ainda em pequena escala, dada a necessidade de adaptação, estruturação e conhecimento aplicado. Mas isso é apenas questão de tempo, pouco tempo.
Blockchain, tokenização, ativos digitais, smart contracts e outras inovações já existentes, nos trazem infinitas possibilidades, gerando economia, agilidade, segurança e, inevitavelmente, uma enorme mudança nas relações comerciais e sociais.
E aí, você já está olhando e entendendo as novas tecnologias para aproveitar as oportunidades que surgem com elas?
Comentários